A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, em sintonia com os demais secretariados internacionais, está a convocar os portugueses para a oração do terço, no próximo dia 7 de Outubro, terça-feira, em resposta aos cada vez mais insistentes pedidos de ajuda que chegam desses países perante o agravar da situação e do avanço, no terreno, das forças jihadistas.
Trata-se de uma nova jornada de oração pela paz no Médio Oriente, e em especial para a Síria e o Iraque, países que têm sido particularmente flagelados pelas acções terroristas do Estado Islâmico.
Apesar da resposta internacional, liderada pelos Estados Unidos da América, e que congrega já países como Reino Unido, França, Alemanha e, mais recentemente, a Austrália e a Turquia, os jihadistas continuam a avançar para novas posições, ameaçando, com o terror que espalham à sua volta, agora cidades situadas na fronteira com a Turquia e alargando também as suas conquistas no Iraque.
É a primeira vez, desde a Segunda Guerra Mundial, que o número de refugiados no mundo ultrapassou a barreira dos 50 milhões, sendo que o conflito no Iraque e na Síria é o que alimenta o maior número dos que perderam tudo o que tinham na vida e estão agora à mercê da caridade internacional e de ajudas de emergência como as que a Fundação AIS tem disponibilizado através das estruturas da igreja local.
Catarina Martins, directora do secretariado nacional da Fundação AIS, num vídeo gravado e disponível na página da instituição na internet, apela à mobilização dos portugueses: “para que a nossa oração possa ter um efeito prático no dia-a-dia destes povos tão sofridos e destes cristãos que estão neste momento a sofrer e a ser perseguidos e que estão a ver a sua fé a ser posta à prova diariamente”.
As orações e reflexões que a AIS propõe para este dia são escritas por religiosos que vivem no Iraque, pelo que reflectem bem as preocupações e as dificuldades das vítimas, e
podem ser consultadas através deste link.
Papa volta ao temaNo final da passada semana, o Papa voltou a fazer referência ao sofrimento e à “perseguição diária” das comunidades cristãs no Médio Oriente. Nas palavras usadas pelo Papa Francisco, “não há razões” políticas, económicas ou religiosas que “possam justificar o que está a acontecer a centenas de milhares de homens, mulheres e crianças inocentes”.
O Sumo Pontífice, que falou no decorrer de um encontro com o patriarca da Igreja Assíria do Oriente, Mar Dinkha IV, fez questão de referir que o que se está a passar no Iraque e na Síria atinge toda a sociedade e não apenas a comunidade cristã. “Quando pensamos no seu sofrimento, vamos espontaneamente para lá das distinções de rito ou de confissão: neles está o corpo de Cristo que, ainda hoje, é ferido, atingido, humilhado”, observou.
O Parlamento Europeu nomeou recentemente a Fundação AIS e o Patriarca iraquiano Louis Sako para a atribuição do Prémio Sakharov dos Direitos Humanos de 2014, assim como outras organizações internacionais, pelo seu trabalho em defesa dos cristãos perseguidos no Médio Oriente.
Notícia actualizada às 12h17
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