Emissão Renascença | Ouvir Online

Anglicanos mostram-se superiores a católicos… no criquete

20 set, 2014 • Filipe d’Avillez

Jogo ecuménico serviu para angariar fundos para o combate ao tráfico humano e a escravatura. Núncio apostólico gostou do que viu, apesar de não compreender as regras.  

Anglicanos mostram-se superiores a católicos… no criquete
O muito aguardado desafio de criquete entre uma selecção do Vaticano e outra de clérigos e seminaristas anglicanos terminou com a vitória destes, a jogar em casa, sob o olhar atento do Arcebispo de Cantuária e do núncio apostólico em Londres.

A vitória anglicana foi tangencial, 106 – 108, mas todos os envolvidos concordaram que o mais importante tinha sido o grande ambiente de convívio ecuménico entre as duas delegações, como ficou claro pelas palavras do Arcebispo Antonio Mennini, núncio apostólico no Reino Unido: “Demonstrámos como a amizade pode ajudar ambas as igrejas a continuar a percorrer um caminho de compreensão mútua para lidar com os grandes desafios que temos diante de nós”.

Mas o arcebispo foi franco quando se lhe pediu para comentar o jogo em si: “Não compreendo o jogo nem as regras, mas foi um verdadeiro exemplo de amizade entre as nossas duas igrejas”.

O arcebispo de Cantuária, Justin Welby, concordou com o núncio e disse, ainda por cima animado pela vitória dos seus jogadores, que se tinha tratado de um evento muito divertido e que esperava sinceramente que se venha a repetir.

A ideia do jogo entre uma selecção anglicana e outra católica partiu inicialmente do embaixador australiano junto da Santa Sé, John McCarthy. A equipa católica era composta sobretudo por padres e seminaristas do subcontinente indiano, onde o criquete é imensamente popular.

O jogo, que contou com uma boa assistência, serviu ainda para angariar fundos para o combate ao tráfico humano e escravatura.