O presidente do Tribunal de Contas, Guilherme d’Oliveira Martins, recorda-se de D. José Policarpo, que
faleceu esta quarta-feira, como um amigo e, acima de tudo, como um dos maiores especialistas da encíclica "Gaudium et Spes", um dos principais documentos do Concílio Vaticano II.
“Não conheço outra análise tão funda e rigorosa sobre a 'Gaudium et Spes'. É a melhor análise, no conjunto da bibliografia do Concílio Vaticano II, sobre um tema absolutamente crucial”, afirma, em declarações à
Renascença, referindo-se especificamente à tese “Sinais dos tempos”, publicada por D. José em 1971.
O também dirigente do Centro Nacional de Cultura descreve ainda o Patriarca emérito como “um grande académico”, “homem de grande rigor” e “uma das grandes figuras da Igreja portuguesa no Século XX”.
“O seu primeiro legado é o da grande atenção e de um extraordinário bom senso relativamente a um período difícil da sociedade portuguesa”, diz Guilherme d’Oliveira Martins.
“Sucedeu a um grande Patriarca e soube sempre manter-se fiel a essa linha, de atenção, relativamente a um país em profunda mudança.”