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"Lei é igual para todos", diz Patriarca sobre caso de padre abusador

03 dez, 2013

Ex-vice-reitor do Seminário do Fundão, que estava acusado de 19 crimes de abuso sexual de menores, foi condenado a 10 anos de prisão. 

"Lei é igual para todos", diz Patriarca sobre caso de padre abusador
O Tribunal do Fundão condenou, na segunda-feira, a dez anos de prisão, o ex-vice-reitor do Seminário do Fundão, que estava acusado de 19 crimes de abuso sexual de menores. O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa comentou a condenação do padre Luís Mendes por abuso sexual de menores, considerando que “a lei é igual para todos”, mas ressalvando que o processo ainda decorre nos tribunais e na Igreja.
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa e Patriarca de Lisboa comentou esta terça-feira a condenação do padre Luís Mendes, do Fundão, por abuso sexual de menores, considerando que "a lei é igual para todos". Ainda assim, D. Manuel Clemente ressalva que o processo ainda decorre nos tribunais - o arguido recorreu da sentença - e na Igreja, porque está em curso um processo eclesiástico.

"Quer seja membro da Igreja ou não, a lei é igual para todos. Todos nós, como cidadãos, temos de ser responsáveis pelos nossos actos", disse o Patriarca à agência Lusa, à margem de uma conferência na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa.

O Tribunal do Fundão condenou a dez anos de prisão, esta segunda-feira, o ex-vice-reitor do Seminário do Fundão, que estava acusado de 19 crimes de abuso sexual de seis menores, com idades entre os 11 e os 17. A pena foi aplicada em cúmulo jurídico e o tribunal deu como provados todos os crimes: abuso sexual de menores, abuso sexual de crianças e coacção sexual. 

A defesa do sacerdote apresentou recurso, pelo que o tribunal manteve a medida de coacção em vigor durante o julgamento - prisão domiciliária. 

A diocese da Guarda já disse que espera que "a verdade seja devidamente esclarecida" e fica a aguardar pelo resultado do recurso apresentado pelo ex-vice-reitor do seminário do Fundão.

Se o processo eclesiástico, que ainda decorre, também considerar que o sacerdote é culpado, este poderá ser laicizado, o que o impedirá de exercer o sacerdócio ou ocupar qualquer cargo de responsabilidade na Igreja.