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Papa improvisa discurso para pôr no centro das atenções quem mais precisa

04 out, 2013

Na visita a Assis, o Papa está acompanhado pelos oito cardeais que o aconselham.

O Papa Francisco lembra que o mundo não pode ignorar o quadro de dificuldades em que muitos vivem, nos dias de hoje. Foi a principal mensagem de um discurso improvisado, feito à chegada, esta sexta-feira de manhã, a Assis.

Antes de se dirigir aos milhares de fiéis que o esperavam, Francisco passou por um grupo de crianças e jovens com necessidades especiais, alguns dos quais deficientes profundos. Quando tomou a palavra, Francisco deixou de lado o discurso que tinha preparado, sobre a cultura do descartável que se opõe à cultura do acolhimento, para destacar o exemplo de Cristo e lembrar a necessidade de atender as contrariedades que persistem no dia-a-dia de muitos.

“Nós estamos entre as chagas de Jesus. Estas chagas precisam de ser consideradas e reconhecidas. Mas é interessante: Jesus, quando ressuscitou, era belíssimo, não tinha no seu corpo nem marcas nem feridas, nada. Era belo! Só que quis conservar as chagas e levou-as para o céu. As chagas de Jesus estão aqui e estão no céu, diante do Pai”, afirmou.

Cerca de cem mil fiéis e mais de um milhar de jornalistas – números inéditos, mesmo com João Paulo II – são esperados na localidade do santo, onde Francisco cumprirá um programa intenso, com visitas a todos os locais onde Giovanni di Pietro di Bernardone (1182-1226) orou e pregou.

Esta visita a Assis, onde o Papa está em "peregrinação", acompanhado pelos oito cardeais que o aconselham, tem um forte significado simbólico, sete meses depois da eleição, no conclave que terminou a 13 de Março.

"Quero uma Igreja pobre para os pobres", afirmou, na altura, o Papa.