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Museu do holocausto distingue um árabe pela primeira vez

30 set, 2013

Mohammed Helmy salvou a vida a uma judia, arriscando a execução por escondê-la numa propriedade que tinha em Berlim.

Museu do holocausto distingue um árabe pela primeira vez
Museu holocausto Israel
O museu do holocausto em Jerusalém, Yad Vashem, distinguiu pela primeira vez um árabe, atribuindo-lhe o título “recto entre as nações”.

O título é reservado a pessoas que não sejam judaicas mas que se tenham esforçado de forma particularmente notória para salvar ou ajudar judeus.

O distinguido é um médico egípcio que vivia na Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial. Mohammed Helmy salvou directamente a vida a uma judia, arriscando execução por escondê-la numa propriedade que tinha em Berlim.

Além de ter salvado Anna Boros, Helmy conseguiu que três dos seus familiares fossem também escondidos em casa de conhecidos e ainda deu assistência médica aos judeus fugitivos.

As acções de Helmy foram particularmente corajosas uma vez que o próprio, sendo árabe, encontrava-se sempre em risco: “Apesar de ter sido um alvo do regime, Helmy ergueu a voz contra as políticas nazis, e não obstante o enorme perigo, arriscou a sua vida para ajudar os seus amigos judaicos”, pode ler-se na declaração do museu.