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PS critica “graçola” de Moedas sobre a reacção de empresários à TSU

18 set, 2012

Basílio Horta diz que resposta do secretário de Estado aos empresários “não foi oportuna” porque “o país vive um momento muito sério”.

PS critica “graçola” de Moedas sobre a reacção de empresários à TSU

O deputado do PS Basílio Horta acusa o secretário de Estado adjunto, Carlos Moedas, de "dizer uma graçola" sobre a Taxa Social Única (TSU) e os empresários que alegadamente terão deixado de se queixar de falta de liquidez.

"É uma brincadeira, uma galhofa, [Carlos Moedas] quis ser sarcástico. Agora, o momento não é oportuno para isso. O país vive um momento muito sério em termos económicos e sociais", considerou Basílio Horta em declarações à Lusa.

Carlos Moedas disse esta terça-feira que a TSU tem "gerado equívocos" e deixou recados a "alguns empresários" que antes se queixavam das restrições de liquidez e agora vêem a medida como "uma ameaça".

O governante declarou que "durante meses a fio" os patrões se queixaram das restrições de liquidez, enquanto agora "a crer nas palavras de alguns empresários, essas restrições desapareceram de um dia para o outro", não sendo necessário aliviar custos para promover a competitividade.

Para Basílio Horta, o secretário de Estado, habitualmente "consistente e sério", decidiu "brincar, decidiu dizer uma graçola, se calhar influenciado pelo clima de desnorte que tem caracterizado este Governo e a maioria que o apoia".

"As empresas querem liquidez, mas não a querem obter à custa dos seus trabalhadores. E ainda bem que não querem, só se dignificam com isso", defendeu o deputado socialista.

A redução da TSU para as empresas com correspondente aumento da contribuição dos trabalhadores para a Segurança Social suscitou críticas por parte do mundo empresarial.