Secretário de Estado “não se revê na letra deste contrato”

O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, afirmou hoje de manhã, no Parlamento, que não concorda com a letra do actual contrato entre o Estado e a Lusoponte e deu um exemplo do que devia constar do documento.

“Se no acordo de 2008, que não está assinado por nenhum membro do Governo actual mas pelo Dr. Paulo Campos e pelo Dr. Costa Pina, em representação do Estado, tivesse sido previsto um mecanismo de ajustamento automático: quando houvesse reintrodução de portagens o valor abatia. Bastava isso”, apontou.

“Eu não me revejo na letra deste contrato. Não o assinaria. Não estou de acordo com a formulação que tem. Só que é a ele que eu estou vinculado”, sublinhou perante os deputados.

Sérgio Monteiro garantiu ainda que o novo contrato não vai ter custos para os contribuintes, nem juros para o Estado. Quem vai pagar juros é a empresa concessionária das pontes sobre o Tejo.

“Juros, sim, vai haver juros, à taxa que está prevista no modelo financeiro e que é superior à taxa de mercado”, assegurou.

O novo contrato deve ser assinado até ao final do mês.