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Governo anuncia fusões. Linha de alta prestação chega a Lisboa pela 25 de Abril

07 out, 2011

Ministro da Economia vai apresentar o plano estratégico de transportes, que deverá incluir a fusão de empresas como Metro, Carris, STCP, Soflusa e Transtejo.

O ministro da Economia e Transportes, Álvaro Santos Pereira, deverá anunciar hoje que a nova linha ferroviária de alta prestação em bitola europeia terá entrada em Lisboa pela Ponte 25 de Abril, apurou a Renascença.

O Governo deixa cair a ideia da terceira travessia do Tejo, projectada pelo Executivo de José Sócrates para trazer a alta velocidade até à capital.

Pedro Passos Coelho já tinha dito que prefere uma boa velocidade e, ao que a Renascença apurou, o plano estratégico de transportes traduz essa opção: uma linha de alta prestação em bitola europeia e com entrada em Lisboa pela velha Ponte 25 de Abril.

O Governo prepara ainda uma reestruturação nas empresas públicas de transportes para tentar “estancar”, segundo fonte da coligação, um buraco de quase 17 mil milhões de euros.

As mudanças previstas incluem ainda a fusão da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) com a Metro do Porto, da Carris com o Metropolitano de Lisboa e da Soflusa com a Transtejo.

Os anúncios serão feitos hoje pelo ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, que vai apresentar o Plano Estratégico de Transportes.

Entrevistado pela Renascença, o professor Álvaro Domingues, especialista em mobilidade e transportes, considera que “tem de haver outra explicação” para o investimento previsto para o transporte ferroviário de mercadorias.

Álvaro Domingues começa por dizer que o porto de águas profundas de Sines tem um grande potencial “e estando bem conectado ao resto da Europa por caminho-de-ferro, pode oferecer condições muito muito interessantes para um investidor estrangeiro”.

“A decisão das mercadorias por Sines ao mesmo tempo da [ligação] Vilar Formoso a Aveiro parece ser uma redundância que deixa antever alguma novidade nessa matéria, porque não são os fluxos de mercadorias com destino e origem estritamente no mercado português que justificam esses investimentos”, sublinha o especialista.