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Contas do CDS. Promessas do PS vão elevar o défice para 3,6%

05 set, 2015

Pedro Mota Soares apelou aos jovens do partido que não desistam de levar as pessoas a votar: "Votem em quem quiserem, mas não fiquem em casa, não permitam que esta eleição seja decidida pela abstenção."

O vice-presidente do CDS Pedro  Mota Soares defendeu este sábado que as medidas apresentadas pelo PS vão fazer aumentar o défice, o que atira Portugal de novo para o grupo dos países incumpridores e "arrasa todas as promessas eleitorais".

"Um défice acima de 3% é arrasar todas as promessas eleitorais que sejam feitas nesta campanha. Qualquer Governo que no futuro venha a apresentar um défice acima dos 3% o que lhe vai acontecer é deitar por terra todas as ilusões, todas as promessas, tudo o que andou a prometer e que efetivamente não consegue cumprir", afirmou Mota Soares.

Na "aula" que deu na Escola de Quadros do CDS, em Ofir, Mota Soares disse ainda não acreditar excessivamente nas sondagens, sejam boas ou más, e apelou ao diálogo que leve as pessoas a votar, para que as eleições não sejam vencidas pela abstenção.

"Passamos de um país cumpridor, com o respeito e a credibilidade e nacional e internacional que conseguimos nos últimos quatro anos, para passarmos a ser um país incumpridor. Um país incumpridor é um país sujeito a sanções, ao pagamento de multas, entra num processo de défice excessivo", argumentou.

De acordo com Mota Soares, no programa do PS, "só a medida da redução da TSU, que tem um impacto de 0,33%, coloca o défice efetivamente nos 3%".

Com outras medidas, como a revogação dos mínimos sociais, a eliminação da sobretaxa, o IVA da restauração, o complemento salarial, o défice fica em 4,1%, apontou o dirigente centrista.

Mota Soares contabilizou ainda o "conjunto de medidas do PS que puxam o défice para baixo", como as referentes ao imposto sucessório, racionalização de serviços públicos, mesmo assim, disse, "a conta final do défice das contas públicas do PS é 3,6%".

O dirigente do CDS apelou aos jovens do partido que não desistam de levar as pessoas a votar.

"Votem em quem quiserem, mas não fiquem em casa, não permitam que esta eleição seja decidida pela abstenção, por quem escolhe não participar. Este momento é absolutamente decisivo para o futuro, continuar a ir para a frente ou regressar a um conjunto de erros do passado", afirmou.

"Hoje sabemos qual é a consequência, e sabemos que estando no espaço europeu isso nos pode acontecer. Ponham os olhos na Grécia e percebem qual é o caminho de quem não quer cumprir", concluiu.