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Sócrates. PS admite revisão da lei da prisão preventiva

02 jul, 2015

Comentando o caso que envolve o ex-PM, Carlos César diz que não é normal as pessoas estarem detidas tanto tempo sem acusação.

O presidente do PS comentou esta quinta-feira a detenção do antigo primeiro-ministro José Sócrates, considerando que não é normal as pessoas estarem detidas tanto tempo sem acusação. Carlos César salientou que "não será o único caso" e sugeriu uma revisão à lei.

"É necessário fixar prazos, haver uma indiciação, um grau de suspeita, que sejam proporcionais às medidas de coacção, às medidas restritivas", afirmou em entrevista à Antena 1, citada pela Lusa.

Se as eleições presidenciais fossem hoje, Carlos César votava em Sampaio da Nóvoa, mas admitiu que os socialistas poderão não dar indicação de voto.

"Imagine que três ou quatro dirigentes máximos do Partido Socialista resolviam candidatar-se à Presidência da República: não nos envolveríamos num processo fratricida", afirmou, sublinhando que cada um tem a sua opinião sobre a matéria.

Sobre as legislativas, referiu a "dinâmica inevitável de voto útil em torno" do PS, sublinhando que se vai perceber que é a "única alternativa à esquerda". "Dar um voto ao Partido Comunista é emprestar um voto à direita, o mesmo acontece com o Bloco de Esquerda", exemplificou.