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Novo partido de Marinho Pinto não quer ser só “mais um”

24 mai, 2015

PDR não faz prognósticos quanto ao resultado eleitoral e aposta num “Estado verdadeiramente social”.

Novo partido de Marinho Pinto não quer ser só “mais um”

O Partido Democrático Republicano (PDR) quer contribuir para uma nova forma de fazer política. O repto é do presidente do partido, este domingo, formalmente eleito.

António Marinho Pinto diz, em declarações à Renascença, que espera que o PDR venha contrariar os partidos do arco da governação. “Espero que não seja mais um. Espero que seja um partido que aporte nova forma de fazer política para a vida pública portuguesa, para as instituições democráticas. Nós queremos mais verdade na política e não as encenações grotescas que têm existido entre os partidos do poder que em privado repartem negócios, comissões, e em público atacam-se como se fossem coisas opostas. Nós trazemos os valores republicanos, da verdade, da solidariedade, da justiça”.

Marinho Pinto refere, por outro lado, que não está disponível para coligações partidárias. Admite, no entanto, acordos pontuais em algumas matérias. “Não em troca de lugares, mas pelos problemas concretos, pelas políticas”.

No Fórum Lisboa, onde decorre a assembleia do PDR, Marinho e Pinto explica o que será um bom resultado nas eleições legislativas. “Não fazemos prognósticos antes do jogo. Aceitaremos com humildade republicana o veredicto democrático do povo português”.

Uma das propostas do partido de Marinho Pinto é apresentar um programa nacional de “base política para erradicar a pobreza, acabar a miséria em que vivem milhares de portugueses”. Em declarações à Renascença, o presidente do PDR explicou algumas das ideias fundamentais que colocarão à apreciação do eleitorado.

“O Estado tem de garantir determinados serviços públicos, tem de garantir a saúde, permitir o ensino privado mas não estar a gastar mais no privado que no público, tem de garantir a justiça, tem de garantir transportes públicos que dão prejuízo, tem de garantir as telecomunicações, o abastecimento de água e luz. Não pode ser só privados. Nós combatemos por um Estado que seja verdadeiramente social”, acrescentou.

Marinho Pinto aproveitou ainda para atacar a forma como é feita a cobertura jornalística da política. Lamenta o presidente do PDR que os pequenos partidos sejam alvo de descriminação mas não defende uma mudança pela via legal da lei da cobertura das campanhas eleitorais.