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Paulo Portas elogia "sindicalismo de resultados"

01 mai, 2015 • Paula Caeiro Varela

"Não são os protestos de rua, não são as meras lógicas de sindicalismo partidário que aumentam o crescimento ou o emprego", afirma o líder do CDS.

Paulo Portas elogia "sindicalismo de resultados"

No Dia do Trabalhador, o vice-primeiro-ministro e líder do CDS, Paulo Portas, atravessou o rio Tejo. Na Sobreda, concelho de Almada, não poupou nos elogios a um certo sindicalismo.

“Tem marcado a diferença entre aquilo a que eu chamaria o sindicalismo de resultados e o mero sindicalismo de protesto”, declarou Paulo Portas.

De pólo vermelho e blazer azul, o líder do CDS elogiou o secretário-geral da UGT, Carlos Silva, “pela sua franqueza, responsabilidade e frontalidade”.

Paulo Portas lembra que, com a UGT, foi possível um compromisso para aumentar o salário mínimo nacional. É à mesa das negociações que se conseguem resultados, salientou.

“Não são os protestos de rua, não são as meras lógicas de sindicalismo partidário que aumentam o crescimento ou o emprego.”

O líder centrista deixou um apelo neste 1.º de Maio: tirem a ideologia da economia. Minutos depois o discurso foi interrompido por uma falha de energia, mas só por alguns minutos.

“Como diria o poeta: ninguém corta a raiz ao pensamento”, disse Portas quando a luz voltou, para depois apontar baterias aos socialistas. 

“Quem trouxe a troika? O PS. Quando é que a troika se foi embora? Com um Governo da AD. Quem assinou o memorando? O PS. Quem terminou o memorando? Um Governo da AD. Quem reembolsa o empréstimo ao FMI para poupar juros? Um Governo da AD. Quem foi bater à porta do FMI em desespero e o trouxe para Portugal? Um Governo do Partido Socialista”, lembrou Paulo Portas.

O líder do CDS a trazer para o discurso em Almada a AD, a designação da aliança no passado. A coligação para o futuro ainda não tem nome.

Paulo Portas também pouco disse sobre o acordo com o PSD para as próximas legislativas. Em menos de um minuto, disse apenas que é uma aliança para garantir um Governo estável e maioritário e a recuperação do país, sem pôr em risco o trabalho dos últimos quatro anos.