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Passos e as falhas contributivas: "Não me orgulho"

06 mar, 2015

PM volta ao tema e diz que já teve "ocasião de responder por escrito a todas as perguntas que os deputados" lhe colocaram.

Passos e as falhas contributivas: "Não me orgulho"
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou esta sexta-feira que já respondeu às perguntas colocadas pelos deputados, reafirmou que não tem dívidas e disse não se orgulhar das falhas na sua carreira contributiva.

"Creio que é importante reconhecer com humildade que não me orgulho exactamente de poder ter tido atrasos na entrega de declarações ou na realização de pagamentos, mas julgo que isso não se deve confundir com manobras de evasão fiscal ou com tentativas dilatórias que o que pretendem é fugir às obrigações a que nunca fugi", afirmou aos jornalistas, em Vimioso, no distrito de Bragança.

Passos Coelho anunciou, na mesma ocasião, que já teve "ocasião de responder por escrito a todas as perguntas que os deputados" lhe colocaram na Assembleia da República.

Em repostas a perguntas do PCP e do PS, Pedro Passos Coelho reitera que julgava que as contribuições para a Segurança Social à época, entre 1999 e 2004, "não eram devidas", adiantando que pela mesma razão "também não as declarou em sede de IRS".

O primeiro-ministro não responde à pergunta do PCP sobre quais as entidades pelas quais foi remunerado como trabalhador independente nesse período, referindo apenas que "foram prestados serviços a várias entidades". "Os rendimentos daí auferidos foram sempre declarados em sede de IRS", acrescenta.

O primeiro-ministro reconheceu ainda que se "atrasou no passado" no pagamento ao fisco e à Segurança Social, mas vincou que no presente não tem "nenhumas dívidas".

Em relação a eventuais notificações de dívida, Passos Coelho diz que "nunca teve conhecimento de qualquer carta ou notificação" de dívidas à Segurança Social e que pagou o montante e os juros comunicados em fevereiro deste ano, no valor total de 3914,74 euros.

[Notícia actualizada às 19h00]