Costa recusa obsessão com a dívida e prefere falar de crescimento

24 out, 2014

O candidato socialista a primeiro-ministro considera que é preciso alcançar um equilíbrio entre as obrigações externas e internas do país.

Costa recusa obsessão com a dívida e prefere falar de crescimento

O candidato a primeiro-ministro do Partido Socialista, António Costa, considera que a estratégia do país tem de passar por uma aposta no crescimento e não viver obcecado com a dívida do país.

"É necessário um novo equilíbrio entre os recursos alocados ao cumprimento das nossas obrigações, os recursos alocados ao cumprimento das obrigações constitucionais (designadamente os direitos dos pensionistas e dos funcionários públicos) e também em relação às necessidades de investimento que o país tem no futuro. Não devemos ficar obcecados com uma destas variantes e não podemos desperdiçar as oportunidades que temos para trabalhar sobre outras variantes", sustentou o presidente da Câmara de Lisboa.

António Costa falava em conferência de imprensa no final de uma conferência promovida pelo Grupo Socialista Europeu no Comité das Regiões, depois de interrogado sobre uma eventual reestruturação da dívida pública portuguesa.

O socialista considera que a atenção deve estar focada "naquilo que é essencial e que está ao alcance da nossa mão, que é reforçar o investimento através dos recursos que estão disponíveis".

"É necessário naturalmente fazer o outro debate [sobre reestruturação da dívida] e é necessário que os consensos técnicos alargados se vão estabelecendo ao nível europeu, porque só uma solução ao nível europeu seria possível e admissível", acrescentou.