"Serenidade" e "convicção inabalável" é o que a bancada do PSD diz ter no cidadão e político Pedro Passos Coelho.
Confrontado com o
caso Tecnoforma, e em especial com as suspeitas que recaem sobre o comportamento do primeiro-ministro, o líder da bancada social-democrata mostra-se tranquilo.
"A suspeição ética eu não sei se existe. No plano parlamentar a questão deverá ser esclarecida (ela está mais ou menos esclarecida), mas admito que com toda a documentação que nos vai ser remetida nós vamos ter ainda mais elementos para poder tirar conclusões", explicou.
Luís Montenegro diz que as dúvidas de natureza judicial serão esclarecidas pela Procuradoria, a pedido do chefe do Governo, enquanto que as de cariz político, deverão ser explicadas já esta sexta-feira – no debate quinzenal no Parlamento.
"Esclarecer o quê?"Perante a insistência dos jornalistas sobre a possibilidade de o próprio primeiro-ministro esclarecer se recebeu dinheiro da empresa Tecnoforma ou de uma organização a ela ligada, o Centro Português para a Cooperação, enquanto foi deputado na década de 1990, Montenegro respondeu: "O senhor primeiro-ministro vai esclarecer o quê? Esclarecer aquilo que dizem os jornais acerca de um processo de investigação no qual ainda não participou, ao qual não foi chamado?".
No Governo, ninguém quer falar sobre o assunto. Nesta quinta-feira, Luís Marques Guedes recusou fazê-lo no final do Conselho de Ministros.
No maior partido da oposição, continuam a pedir-se esclarecimentos. Alberto Martins, líder da bancada do Partido Socialista, diz que tanto Passos Coelho como a Assembleia da República devem explicações ao país.
"O que o PS espera do primeiro-ministro e da Assembleia da República é um esclarecimento rigoroso, preciso e minucioso da situação", disse. "Depois disso todos tomarão as suas responsabilidades."
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