Jorge Coelho chama Guterres para Belém

Jorge Coelho acha que Portugal precisa de António Guterres na Presidência da República, mas não tem certezas sobre a candidatura do antigo primeiro-ministro.

Em declarações à Renascença, Jorge Coelho, que foi durante anos braço direito de Guterres no PS e no Governo, diz que até agora ainda não teve qualquer indicação de que a decisão esteja tomada.

“Uma coisa é eu gostar imenso que ele fosse candidato a Presidente da República, mas isso não depende de mim, depende dele e eu não tenho nenhuma indicação, nunca me disse o que quer que fosse para que eu pudesse concluir que ele tenha tomado qualquer decisão nesse sentido”, afirma o presidente da comissão eleitoral das primárias do PS.

Jorge Coelho não tem dúvidas que “a situação em que Portugal está necessita de um Presidente da República com características pessoas e políticas como aquelas que tem o engenheiro António Guterres”.

“É um homem com um profundo sentimento humanista, pessoa altamente respeitadora dos princípios democráticos centrais de um Estado de Direito, um homem que jamais diria, como se ouviu dizer, que o país está bem, os portugueses é que estão mal”, sublinha o ex-ministro Jorge Coelho, que voltou agora à política activa para presidir à comissão que organiza as eleições primárias do PS.

O semanário Sol, na sua edição desta sexta-feira, dava conta que António Guterres já terá avisado António Costa e António José Seguro da sua vontade em ser candidato às presidenciais de 2016.

PS soma simpatizantes
As primárias socialistas estão marcadas para 28 de Setembro. Para já, a proporção já é quase de um para dois, mas o PS pode vir a ter tantos simpatizantes a votar como os actuais 90 mil militantes.

A inscrição de simpatizantes ultrapassa os 40 mil e ainda há mais três semanas de prazo, lembra Jorge Coelho, que presidente à comissão organizadora das primárias do PS.

O presidente da comissão organizadora garante à Renascença que o processo de organização das primárias está a correr muito bem e não tem polémicas como a que está a acontecer na federação socialista de Braga.

Nas eleições para a distrital de Braga há acusações de que terão sido pagas quotas de militantes que já morreram ou estão acamados e, por isso, os cadernos os eleitorais podem estar desvirtuados.

Para as primárias, os militantes não precisam de ter as quotas em dia e Jorge Coelho prefere não se pronunciar sobre as trocas de acusações entre apoiantes de António Costa e António José Seguro em Braga.