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Jardim não quer austeridade nem unidade nacional

27 jul, 2014

"A Madeira recusa, categoricamente, fazer parte de um Portugal que se diga Estado unitário", proclamou o líder do PSD madeirense na tradicional festa do Chão da Lagoa.

Jardim não quer austeridade nem unidade nacional

Alberto João Jardim diz que não aceita mais austeridade decidida pelo Governo de Lisboa nem que a Madeira faça parte de um Portugal que se declare "Estado unitário".

"Não se pode continuar a aceitar que a Constituição diga esta expressão que somos um Estado unitário", afirmou Jardim, este domingo, no encerramento da tradicional festa do PSD madeirense, no Chão da Lagoa.

O líder social-democrata madeirense proclamou: "A Madeira recusa, categoricamente, fazer parte de um Portugal que se diga Estado unitário".

Para Jardim, "a Constituição mente", porque a Madeira tem "poder legislativo próprio", servindo essa mentira "para aqueles tribunais e o Governo de Lisboa poderem, com pretexto nesta expressão falsa e mentirosa que é o Estado Unitário, poder continuar a fazer todas as arbitrariedades".

Jardim acusou ainda o Governo e também a União Europeia de se preocuparem mais com a banca e com o grande capital do que com as pessoas.

O líder madeirense avisou que vai deixar a liderança do PSD e do Governo na região, mas não vai deixar de criticar o Governo de Lisboa, bem pelo contrário: vai ter mais à vontade para o fazer.

A intervenção de Jardim no Chão da Lagoa, anunciada como a última enquanto presidente do partido na região, ficou marcada por críticas e ataques aos partidos da coligação de Governo, ao PS e ao PCP.