Seguro não quer dinheiros públicos a cobrir erros dos privados

12 jul, 2014

O secretário-geral do PS lembrou que esta semana falou sobre o caso BES com o governador do Banco de Portugal, tendo ficado mais tranquilo com as garantias de transparência e supervisão que recebeu.

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), António José Seguro, declarou este sábado que os fundos públicos não devem ser usados para cobrir falhas dos privados e que estes devem ser responsáveis pelos seus investimentos.

Em declarações aos jornalistas sobre a situação do Banco Espírito Santo (BES) no final da apresentação do livro "Compromisso com a região", de balanço do mandato 2012-2014 dos órgãos federativos do partido no Porto, Seguro lembrou que a solidez do sistema bancário é uma das condições do programa de assistência económica e financeira, mas é também "uma condição de confiança dos portugueses nos seus bancos e é muito importante que não haja mais dinheiros públicos envolvidos para cobrir erros que os privados tenham cometido".

“O meu desejo é que esta situação seja resolvida rapidamente e que, de facto, quem faz investimentos privados seja responsável pelos seus investimentos, quer quando dão lucros quer quando dão prejuízos", afirmou o secretário-geral socialista.

António José Seguro ressalvou que "uma coisa é o banco, outra coisa é o Grupo Espírito Santo" e recordou que a sua responsabilidade enquanto líder do PS consistiu em "recolher informação e esclarecimentos para que não existam surpresas como aconteceram com o BPN e o BPP", tendo, para isso, pedido uma reunião ao governador do Banco de Portugal.

"Com base nos esclarecimentos que o governador do Banco de Portugal me deu saí com menos preocupações porque a minha responsabilidade é defender os depositantes, em particular os pequenos depositantes, e garantir que a supervisão correspondeu às suas responsabilidades, mas também defender os contribuintes, os portugueses, para que não haja novas surpresas", afirmou Seguro, que reiterou a necessidade de separar a "política dos negócios".