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Europeias

Passos Coelho "bateu o pé" a Merkel

21 abr, 2014

Paulo Rangel argumenta que Portugal contrariou a chanceler alemã em matéria de união bancária.

O primeiro-ministro "bateu o pé” à chanceler alemã, Angela Merkel, na união bancária, afirmou esta segunda-feira, nos Açores, o cabeça de lista da coligação PSD/CDS às eleições europeias.
 
"Estivemos na vanguarda, embora os nossos adversários queiram dizer outra coisa, da união bancária. A pessoa que bateu o pé à senhora Merkel na união bancária foi o primeiro-ministro, Passos Coelho, contra tudo aquilo que para aí se diz", garantiu Paulo Rangel, em Ponta Delgada, na conferência "Açores 2020", organizada pela candidatura da coligação "Aliança Portugal" (PSD/CDS).

Para o eurodeputado, Portugal tem "a moral de quem concordou antes e pode discordar à vontade", sublinhando que foi "testemunha" de que a posição do primeiro-ministro português quanto à união bancária "foi sempre referida no Parlamento Europeu" pelos partidos da família do PSD e do CDS, mas também pelos socialistas como uma "referência quanto àquilo que podia ser feito".
 
"Portanto, há agendas em que podemos liderar", sublinhou, apontando a "economia do mar" e o tratado de comércio livre que a Europa está a negociar com os Estados Unidos e o Canadá.  
 
Rangel sublinhou que a formar-se esta "espécie de mercado comum" entre os dois lados do Atlântico e as duas regiões "mais ricas de longe do globo", Portugal e os Açores passam de periferias e ultraperiferias europeias a "país central" e a "região ultracentral". 
 
Sublinhando que mudará "radicalmente" a posição e a importância geoeconómica, geopolítica e geoestratégica do país, considerou que, no entanto, este "tema crucial" para os próximos 20 a 30 anos é "pura e simplesmente ignorado" pelos "adversários" da coligação, que qualificou como "candidatos do protesto e não do projecto". 
 
Numa intervenção de mais de meia hora, Rangel apontou mais duas "prioridades" da candidatura PSD/CDS: a garantia de que os Açores manterão o estatuto de região ultraperiférica e de que há "consequências dessa classificação" e o sector primário da agricultura e mar.