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Machete fala em campanha de "assassinato político"

08 out, 2013

"Existe uma política de destruição deste ou daquele membro do Governo", afirma ministro dos Negócios Estrangeiros.

Está em curso uma campanha sistemática de "assassinato político" contra alguns membros do Governo, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros, esta terça-feira, na Assembleia da República.

"Não é normal que se procure fazer uma campanha de ataque pessoal, que visa um verdadeiro assassinato político e um ataque à honra das pessoas", declarou Rui Machete, na comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros, onde prestou esclarecimentos sobre o caso das acções da SLN e as suas declarações sobre investigações a dirigentes angolanos.
 
O ministro falava depois do PS, por intermédio de Pedro Silva Pereira, ter pedido a sua demissão do Governo na sequência da entrevista que concedeu à Rádio Nacional de Angola e de o dirigente da bancada social-democrata António Rodrigues ter aludido a uma "campanha" contra o titular da pasta dos Negócios Estrangeiros. 
 
Machete usou então da palavra para concordar com a tese de António Rodrigues, embora isentando o PS de responsabilidades nessa alegada campanha negra. 
 
Na perspectiva do chefe da diplomacia portuguesa, "somando as coisas, é hoje indubitável que pelos 'timings' utilizados, pelos argumentos e instrumentos usados, existe uma política de destruição deste ou daquele membro do Governo, tudo feito de uma forma sistemática nos vários meios de comunicação social ou por outros processos".  
 
"Isto mostra como é hoje diferente a forma de fazer política em Portugal em alguns casos, ou em relação a alguns partidos, o que lamento porque não beneficia a democracia", criticou o ministro dos Negócios Estrangeiros.