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Freitas do Amaral defende Governo de salvação

04 jul, 2013

Sobre a crise na coligação governamental, Freitas do Amaral diz que "quem sai mais abalado é o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, que revela ao fim de dois anos de exercício de funções que não tem qualidades de liderança".

Freitas do Amaral defende Governo de salvação

O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, Freitas do Amaral, defende a formação de um Governo de salvação nacional.

“Eu acho, desde 2011, que a melhor solução para o país era um Governo de salvação nacional, ou de unidade democrática ou de concentração”, disse Freitas do Amaral, esta quarta-feira à noite, em entrevista à RTP.

O antigo presidente da assembleia geral das Nações Unidas defende um executivo de unidade formado, "para já", por PSD, PS e CDS, “os três partidos do arco da governação, os signatários do memorando, aqueles que querem tentar resolver o problema dentro do euro, dentro da União Europeia e cumprindo o memorando”.

Sobre a crise na coligação governamental, Freitas do Amaral diz que “é difícil atribuir responsabilidades”, mas “quem sai mais abalado é o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, que revela ao fim de dois anos de exercício de funções que não tem qualidades de liderança”.

“Ele há mais de um ano que não se deixa entrevistar, ele desprezou os apoios iniciais com que contava: o Presidente da República, o parceiro de coligação CDS, o PS, os parceiros sociais, a UGT, a opinião pública.”

Questionado se iliba o líder do CDS Paulo Portas da actual crise política, Freitas do Amaral responde: “ainda não sei”.

“O que eu sei é que Passos Coelho, já antes de ser primeiro-ministro, tinha a intenção de reduzir a importância e o peso que iria dar ao CDS, por isso, não nomeou Paulo Portas vice primeiro-ministro, colocou-o em terceiro lugar na hierarquia do Governo e afirmou publicamente isso com um ar de desconsideração”, argumenta o antigo líder do CDS.

Sobre o papel do Presidente da República, Freitas do Amaral afirma que Cavaco Silva não quer antecipar as eleições legislativa, mas “sendo um patriota, um bom português e sendo um Presidente que procura fazer sempre o melhor para o país, se as circunstâncias o exigirem, ele fá-lo-á”.