04 dez, 2012 • Daniel Rosário
Depois de há uma semana ter afirmado que Portugal e a Irlanda poderiam beneficiar de algumas das decisões então adoptadas pelos ministros das Finanças da Zona Euro para a Grécia, o presidente do Eurogrupo deu esta segunda-feira o dito por não dito.
“Não penso que o Eurogrupo esteja preparado para dar um tratamento semelhante a estes dois países [Portugal e Irlanda], quando se tratar das decisões detalhadas que foram tomadas na semana passada em relação à Grécia, mas vamos examinar isto. Mas isto não é uma indicação de que alguma coisa vá mudar”, afirmou Jean-Claude Juncker, no final de uma reunião de ministros das Finanças da moeda única, em Bruxelas.
O esclarecimento foi dado aos jornalistas e explicado pelas condições "sombrias" em que diz ter sido interpelado pela comunicação social no final da reunião da semana passada, onde foram acordadas as novas medidas de ajuda à Grécia.
“Eu falei perante uma multidão de câmaras numa sala barulhenta aqui ao lado, o que é desconfortável não para quem faz as perguntas, mas para quem tem que responder porque não se percebe a pergunta e diz-se uma coisa, porque se pensa que se percebeu a pergunta. O que eu disse é que Portugal e a Irlanda não terão que participar no novo programa, foi isso que sublinhei há uma semana, num canto escuro”, disse Jean-Claude Juncker.
Afinal, tudo não terá passado de um mal-entendido e as condições do resgate português vão permanecer inalteradas.