Portugal desce no ranking mundial da competitividade

Portugal voltou a perder lugares no ranking mundial da competitividade. Em apenas sete anos desceu 27 posições.

O estudo do Fórum Económico Mundial vai ser divulgado esta quarta-feira na Escola de Direcção e Negócios, em Lisboa.

A queda começou em 2005 e desde então foi sempre a descer. Se há sete anos o país estava classificado em 22º lugar, entre 144 países, este ano encontra-se em 49º, quando em 2011 estava em 45º.

Portugal foi ultrapassado por países como o Brasil, a Turquia, o Panamá e até o Azerbaijão. Na Europa, Malta também já está à frente e a Grécia aparece em último.

Adrián Caldart, da AESE-Escola de Direcção e Negócios, disse à Renascença que a culpa não é a falta de mérito do nosso país, mas o progresso de outros.

O Relatório Global de Competitividade explica que a dificuldade no acesso a financiamento, a menor solidez dos bancos, os mercados financeiros e o peso da dívida pública pesaram na descida de lugares no ranking mundial. Razões a que se somam a rigidez no mercado de trabalho e o custo de despedimento.

A associação para o Desenvolvimento da Engenharia e o Fórum de Administradores de Empresas sugerem que o apoio às Pequenas e Médias e Empresas (PMEs) pode ser uma solução, mas também a intervenção no mercado de trabalho ou na política agrícola.

Na opinião do secretário de Estado da Competitividade os problemas referenciados já não vão pesar tanto no próximo relatório. Carlos Oliveira sublinha que no ranking deste ano ainda não entram muitas medidas que o "Governo já colocou em marcha, nomedamente no que diz respeito à alteração da lei laboral, a lei da concorrência, o novo sistema do licenciamento industrial e a liberalização do mercado da energia".