23 mar, 2012
Os empresários de Badajoz e o Alcaide da Estremadura espanhola classificam o abandono da construção do TGV, por parte de Portugal, como uma oportunidade perdida.
Leandro González, da Associação de Empresários do Casco Antigo de Badajoz, acredita que o TGV “era uma conexão muito importante para a Extremadura”, defendendo ainda que sem a alta-velocidade tudo vai ficar na mesma: “vamos continuar como até aqui, a utilizar veículos privados com as desvantagens que têm a ligação a Lisboa, com percursos pagos e com o preço a que está a gasolina, encarece muito o trajecto e perdem-se muitas horas”.
Já o Alcaide de Badajoz acredita que “portugueses agradeceriam muito que Espanha” construísse o TGV. Para Miguel Celdrá a obra “beneficia a todos” e “não prejudica ninguém”.
Ciente das dificuldades económicas espanholas, e o alcaide de Badajoz não deixa de defender a sua região: “Espero que não estejamos toda a vida à espera de um TGV novo que nos leve rapidamente a Valência ou a Sevilha”.
Alentejo esperou “décadas e décadas”
Do lado de cá da fronteira, o presidente do município de Elvas também já se mostrou descontente com o abandono da alta-velocidade. José Rondão Almeida diz que na região se esperou “décadas e décadas” por “um projecto estruturante”.
O presidente da cidade alentejana acusou o Governo de “querer esquecer” a região e pediu a Passos Coelho para “agarrar” no dinheiro do TGV e cumprir as promessas eleitorais. “Pague o subsidio de férias e de natal a todos aqueles que tirou”, disse.