Cerca de um milhar de pessoas concentraram-se hoje junto à praça Paternoster, nas imediações da Bolsa de Londres, local que pretendiam ocupar em protesto, mas foram barrados pela polícia, verificou a Lusa no local.
A praça é considerada propriedade privada, pelo que já se anteviam dificuldades no acesso, mas mesmo assim os organizadores mantiveram o apelo à concentração, que foi seguido por centenas de pessoas.
Os manifestantes continuam concentrados junto à praça e pretendem iniciar uma série de assembleias populares para discutir as causas da crise e eventuais soluções, tema que está na origem do protesto.
Ocupar "pacificamente" a praça da Bolsa de Londres é o objectivo do protesto de hoje na capital britânica, que pretende assim reproduzir o movimento em Wall Street, no centro financeiro de Nova Iorque.
O local escolhido foi a praça Paternoster, junto à catedral de São Paulo, onde o Banco Espírito Santo tem escritórios, e onde a Bolsa de Londres se instalou em 2004.
Além do "Ocupem Wall Street", nos EUA, o protesto é inspirado por outros movimentos em outras partes do mundo, nomeadamente pelos "indignados" de Espanha, as greves e protestos dos estudantes e trabalhadores na Grécia e os levantamentos populares no Médio Oriente, assim como a manifestação de 12 Março, em Lisboa.
Em Portugal, haverá manifestações em Angra do Heroísmo, Barcelos, Braga, Coimbra, Faro, Funchal, Lisboa, Porto, Santarém e Évora. Em Lisboa,
o protesto começa com um desfile entre o Marquês de Pombal e São Bento, sendo depois organizada uma assembleia popular em frente ao Parlamento.