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Áustria. Duas novas detenções no caso de cadáveres descobertos em camião

01 set, 2015

Um homem foi detido na Bulgária e outro na Hungria. A polícia considera que os suspeitos são operacionais de um dos numerosos gangues de traficantes de seres humanos

Áustria. Duas novas detenções no caso de cadáveres descobertos em camião
Duas novas detenções foram feitas no âmbito da investigação sobre a descoberta na semana passada dos corpos de 71 migrantes num camião abandonado numa auto-estrada do leste da Áustria.

Um homem foi detido na Bulgária e outro na Hungria, declarou Verena Strnad, a porta-voz da procuradoria de Eisenstadt, no estado de Burgenland, onde o camião foi encontrado na quinta-feira.

Estão agora detidas sete pessoas no âmbito deste inquérito, seis das quais foram detidas na Hungria. Dos cinco que já estavam presos provisoriamente, quatro são búlgaros e um afegão.

A polícia considera que os suspeitos são operacionais de um dos numerosos gangues de traficantes de seres humanos que pedem grandes somas de dinheiro aos migrantes para alcançarem a Europa.

Entre os 71 cadáveres encontrados no camião, encontrava-se o de uma rapariga de um ou dois anos, assim como os de três rapazes pequenos. Os migrantes eram possivelmente sírios e terão morrido asfixiados.

Dezenas de milhares de refugiados dos conflitos bélicos em diversas regiões do Médio Oriente, sobretudo sírios e iraquianos, além de afegãos, cruzaram a zona dos Balcãs nas últimas semanas tentando chegar à Europa Ocidental.

A Hungria, que tem fronteira com a Sérvia, é o primeiro país da zona de livre circulação comunitária, Schengen, a partir da qual os refugiados tentam chegar a outros países, sobretudo Alemanha e Suécia. O Governo estima que, até ao final do ano, o país possa receber até 300 mil refugiados.

Mais de 140 mil foram apanhados pela polícia húngara, este ano, na fronteira com a Sérvia. A grande maioria tem como destino a Europa Ocidental, nomeadamente a Alemanha.

Mais de 350.000 migrantes atravessaram o Mediterrâneo desde Janeiro e mais de 2.600 morreram no mar quando tentavam chegar à Europa, anunciou a Organização Internacional para as Migrações (OIM).