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Tsipras pede 7 mil milhões de euros para despesas de emergência

07 jul, 2015

A informação está a ser avançada pela agência italiana ANSA.

Tsipras pede 7 mil milhões de euros para despesas de emergência
O primeiro-ministro grego pediu o acesso a um empréstimo de 7 mil milhões de euros para as próximas 48 horas. A agência italiana ANSA diz que pedido foi feito antes do início do Eurogrupo.

Alexis Tsipras precisa desta verba para enfrentar despesas de emergência do país.

A reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro antecede a de chefes de Estado e de Governo dos 19 países da moeda única, ambas para decidir o que fazer após o referendo de domingo, na Grécia na sequência da vitória clara do "Não", no referendo de domingo, à última proposta apresentada pelos credores.

É esperado que nas reuniões desta terça-feira sejam apresentadas novas propostas de Atenas com vista a um terceiro programa de resgate (sem que o segundo tenha sido concluído), numa altura em que os bancos continuam encerrados na Grécia e mantém-se o limite de levantamento diário de 60 euros por pessoa.

Eurogrupo espera propostas "credíveis"
O presidente do Eurogrupo disse que espera ouvir "propostas credíveis" por parte do novo ministro das Finanças grego, Euclides Tsakalotos, na reunião onde se vai discutir o caminho a seguir relativamente à Grécia.

"Esperamos novas propostas do Governo grego", disse Jeroen Dijsselbloem, sublinhando que estas devem ser "credíveis" para “bem da Zona Euro e da Grécia", afirmou.

Já o ministro das Finanças da Alemanha disse esta terça-feira que sem um programa de reformas não é possível "ajudar a Grécia" dentro da Zona Euro. "Não há espaço para ajudar a Grécia sem um programa", afirmou Wolfgang Schäuble, à entrada para a reunião dos ministros das Finanças, em Bruxelas.

Já Valdis Dombrovskis, vice-presidente da Comissão Europeia e responsável pelo euro, admitiu que se a Grécia não apresentar propostas credíveis e disponibilidade para fazer as reformas necessárias, então a saída do euro é um cenário que "não se pode excluir".

Os gregos rejeitaram no domingo, em referendo, por ampla maioria (61,34%) as propostas dos credores internacionais, (instituições europeias e Fundo Monetário Internacional), agravando o clima de incerteza na Zona Euro.

[Notícia actualizada às 13h54]