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Portugal garante que não se opôs a acordo para salvar a Grécia

21 fev, 2015

Fonte do Governo esclarece que apenas foram levantadas "questões de matéria processual" durante a reunião do Eurogrupo. 

Portugal garante que não se opôs a acordo para salvar a Grécia

O Governo português não se opôs a um acordo para a Grécia na reunião dos ministros das Finanças da zona euro, realizada sexta-feira, em Bruxelas, disse à Renascença fonte do executivo.

Portugal e Espanha colocaram "questões de matéria processual", mas não têm nada contra o acordo, esclareceu a mesma fonte.

O ministro espanhol da Economia, Luis de Guindos, já tinha negado na sexta-feira ter apresentado reservas de última hora ao texto acordado, juntamente com Portugal, como assinalaram alguns órgãos de comunicação social gregos. A postura de Espanha foi "sempre construtiva" e "no final houve acordo", disse Luis de Guindos.

A posição oficial os países ibéricos é conhecida depois de o ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, ter dito que não responde a Portugal e Espanha por uma questão de “boas maneiras”.  

“Eu prometi contar a verdade, mas ao mesmo tempo, há uma coisa chamada boas maneiras. A ministra portuguesa das Finanças e o ministro espanhol das Finanças são meus colegas no Eurogrupo. Admito que eles têm as suas próprias prorrogativas políticas e ficou claro que, pelas posições, estavam motivados por essas prorrogativas. Eu respeito”, declarou Varoufakis no final da reunião do Eurogrupo.

“O essencial é que, no Eurogrupo, tivemos uma discussão sensível e que os resultados finais dessa discussão representam um novo enquadramento que permite a países como a Grécia e devo dizer, também, Portugal, saiam da crise e consigam pagar as suas dívidas e para conseguir isso preciso de manter excelentes relações de trabalho com os meus colegas de Portugal e de Espanha. Por isso, permitam-me que interrompa a resposta aqui mesmo”, declarou o ministro grego.

A Grécia e o Eurogrupo chegaram, na sexta-feira, a um acordo para prolongar o financiamento ao país por mais quatro meses, depois de difíceis negociações.



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