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Alemanha rejeita proposta grega

19 fev, 2015

O Ministério das Finanças alemão considera que a proposta não é "uma solução substancial". Já o ministro da Economia interpreta o pedido como um sinal de abertura às negociações.

Alemanha rejeita proposta grega

O Ministério das Finanças alemão rejeitou a proposta grega de extensão do financiamento dos seus parceiros europeus considerando que a mesma não representa "uma solução substancial" e "não cumpre os critérios estabelecidos" pela zona euro.

"A carta proveniente de Atenas não é uma proposta substancial para uma solução", disse o porta-voz do ministério alemão, Martin Jäger, num breve comunicado.

"A carta não cumpre os critérios estabelecidos segunda-feira pelo Eurogrupo", adiantou, numa altura em que Atenas se vai reunir com os ministros das Finanças da zona do euro para propor uma extensão do apoio financeiro de seis meses aos seus parceiros.

Já o ministro da Economia, Sigmar Gabriel, líder do partido conservador, recebeu o pedido grego com satisfação, considerando-o um sinal de que o Governo de Atenas está pronto para negociar.

Também a Comissão Europeia considerou que o pedido de extensão da ajuda financeira enviado pela Grécia é uma base para um compromisso em sede do Eurogrupo de sexta-feira, disse um porta-voz do executivo comunitário.

O pedido – uma carta com "duas páginas" – de Atenas "abre a possibilidade de um compromisso razoável", sublinhou, no briefing diário da Comissão Europeia, o porta-voz Margaritis Schinas.

O governo grego entregou formalmente um pedido de extensão dos empréstimos europeus por mais seis meses. O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, também já confirmou ter recebido o pedido grego, mas não revelou detalhes. 

"Recebido o pedido grego para uma extensão de seis meses", escreveu Dijsselbloem no twitter.

De acordo com a agência Reuters, o documento entregue pelo governo grego refere que vão honrar as suas “obrigações financeiras perante todos os seus credores “ e garante que não tomará decisões unilaterais que ponham em risco as metas orçamentais assumidas. 

[Notícia actualizada às 19h17]