30 jan, 2015
Os militantes do autodenominado Estado Islâmico lançaram um ataque à cidade petrolífera de Kirkuk, no norte do Iraque.
De acordo com a CNN, já tinha surgido especulação sobre um ataque à cidade com o objectivo de obrigar as tropas curdas a reduzir esforços em Mossul, a cidade base do movimento extremista no Iraque, a cerca de 160 quilómetros de Kirkuk.
Os combatentes curdos têm vindo a agrupar-se nos arredores de Mossul, apoiados por ataque aéreos norte-americanos e forçando os militantes do Estado Islâmico a adoptar uma postura defensiva.
Kirkuk constitui um ponto estratégico por estar localizada por cima de uma das maiores reservas de petróleo do país. O Estado Islâmico apoia-se significativamente nas receitas obtidas através do contrabando de petróleo para financiar as suas operações.
Não se vence o EI com ataques aéreos
O primeiro-ministro curdo, Nechirvan Barzani, alertou que existem poucas possibilidades de derrotar o movimento jihadista enquanto durar a guerra civil na Síria. Afirmou que o exército iraquiano existe mais no papel do que no terreno e que as tropas curdas continuam com falta de armamento.
A actual estratégia norte-americana, diz Barzani, poderá, na melhor das hipóteses, conter, mas não reprimir totalmente o Estado Islâmico. "Esta é uma guerra longa. Eles controlam mais de 15 milhões de pessoas no Iraque e na Síria", afirmou, em entrevista à Reuters.
"São organizados e conseguem recrutar pessoas de todo o mundo. A estrutura desta organização foi feita de maneira a conseguir manter-se intacta", alerta.
"Não se consegue destruir esta organização através de ataques aéreos. Para a destruir, precisamos de forças especiais. Tem de se fazer mais", disse ainda Barzani.