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UE reforça sanções contra a Rússia

29 jan, 2015 • Vasco Gandra, em Bruxelas

Grécia ameaça vetar, mas junta-se à posição comum da UE.

UE reforça sanções contra a Rússia

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) decidiram reforçar por um período de seis meses as sanções diplomáticas que vigoram desde Março de 2014 contra pessoas ou entidades russas ou separatistas pró-russos que ameacem a soberania ou integridade da Ucrânia. Essa lista deverá ser alargada na próxima reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros, no dia 9 de Fevereiro.

Os chefes da diplomacia da UE mantém assim a pressão sobre Moscovo por causa da escalada de violência no leste de Ucrânia que provocou dezenas de mortos no último fim-de-semana.

As sanções serão levantadas se a situação no terreno melhorar. “As sanções são um instrumento e, portanto, poderão cessar logo que haja um sinal inequívoco no terreno de que os separatistas e a Rússia estão dispostos aceitar um cessar-fogo e a aplicação das regras do acordo de Minsk. Neste momento, tem sido exatamente ao contrário, tem havido um agravamento da situação”, explicou o ministro português dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete.

A UE considera que não é possível uma solução militar para o conflito entre as autoridades ucranianas e os separatistas pro russos do leste do país. Por outro lado, os "28" admitem que, se a situação no terreno não melhorar, então deverão ser encaradas novas medidas.

O novo Governo da Grécia, liderado por Alexis Tsipras, do Syriza, ameaçou vetar novas sanções contra a Rússia, mas na reunião desta quinta-feira, em Bruxelas, o ministro grego dos Negócios Estrangeiros acabou por votar favoravelmente.

Este dossiê voltará a ser analisado pelos chefes de Estado e de Governo na próxima cimeira europeia, de 12 e 13 de Março, em Bruxelas.

[notícia actualizada às 8h23]