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França reforça dispositivo de segurança

10 jan, 2015

Decisão foi tomada no final de uma nova reunião de crise do Governo, para analisar os atentados dos últimos dias.

França reforça dispositivo de segurança

O ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, anunciou este sábado o reforço do actual dispositivo de protecção antiterrorista com meios adicionais para proteger certas instituições e lugares de culto.

A decisão foi tomada no final de uma nova reunião de crise do executivo para debater novas medidas de segurança depois do atentado terrorista de quarta-feira contra o jornal Charlie Hebdo, que provocou 12 mortos, e ao qual se seguiu o assassínio de uma agente da polícia municipal e uma tomada de reféns num supermercado "kosher" (judeu), onde morreram quatro pessoas.

Segundo o ministro do Interior, o Presidente francês, François Hollande, e o primeiro-ministro, Manuel Valls, autorizaram um primeiro reforço de 320 militares, que se pode ampliar nas próximas horas, à medida do que for necessário.

Sobre a manifestação de domingo em Paris contra o terrorismo, que reunirá vários líderes políticos europeus, o ministro Bernard Cazeneuve disse que foram tomadas todas as medidas para garantir a segurança do evento.

"Todas as medidas estão a ser tomadas para que a manifestação possa decorrer em tranquilidade, respeito e segurança", afirmou hoje o ministro do Interior depois da reunião do gabinete de crise para tratar das medidas de segurança em curso em França e preparar a manifestação contra o terrorismo prevista para domingo em Paris.

O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, e a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, vão representar Portugal na manifestação de domingo em Paris, convocada em solidariedade com as vítimas do atentado ao jornal satírico Charlie Hebdo.

Outros governantes europeus já anunciaram que participarão nesta marcha, entre os quais o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, o italiano, Matteo Renzi, o britânico, David Cameron, e a chanceler alemã, Angela Merkel. Também o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, já confirmou a sua presença.