25 nov, 2014
Um agente da polícia de Ferguson, no estado norte-americano do Missouri, não vai ser acusado pela morte do jovem negro Michael Brown, em Agosto.
A decisão do grande júri foi anunciada esta terça-feira, depois das 2h00 da manhã (hora de Portugal Continental), pelo procurador do condado de Saint Louis, Bob McCulloch.
De acordo com o procurador, várias testemunhas garantem ter visto Michael Brown carregar em direcção ao agente da polícia de Ferguson. Bob McCulloch adiantou que ainda decorre uma investigação federal ao caso.
Numa declaração ao país, o Presidente norte-americano, Barack Obama, apela aos manifestantes que protestem “pacificamente” e à polícia que mostre "contenção". "Nunca existe uma desculpa para a violência", referiu.
Obama começou por recordar que os Estados Unidos são uma nação baseada no Estado de Direito e a decisão grande júri deve ser respeitada e aceite, apesar de compreender que muitas pessoas não a aprovem.
A família de Michael Brown já reagiu à decisão: "Lamentamos profundamente que o assassino do nosso filho" não seja levado a julgamento. Em comunicado, a família do jovem negro apela à calma das centenas de manifestantes que se concentraram em frente ao tribunal de Clayton.
Depois de a decisão do grande júri ser conhecida, algumas viaturas foram vandilizadas na cidade de Ferguson e foram ouvidos disparos, avança a estação de televisão CNN.
O agente da polícia Darren Wilson alvejou mortalmente Michael Brown, a 9 de Agosto, na cidade de Ferguson, nos arredores de Saint Louis.
A morte de Michael Brown, de 18 anos, desencadeou uma onda de descontentamento e de tumultos na zona de Saint Louis e provocou um debate sobre o uso excessivo da força por parte das forças de segurança contra a comunidade negra.
[notícia actualizada às 3h18]
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