As mortes causadas por ataques terroristas subiram 61% desde o ano passado, um aumento drástico revelado pelo Índice Global de Terrorismo de 2014, publicado esta terça-feira.
Segundo o relatório, em 2013 morreram 17.958 pessoas em ataques terroristas, na sua maioria pelas mãos dos talibãs, do Boko Haram, do Estado Islâmico e da Al-Qaeda (
os grupos terroristas mais ricos no mundo).
“Os três principais factores associados ao terrorismo são casos de violência patrocinada pelo Estado, como execuções extrajudiciais, retaliações de grupo e os altos níveis de criminalidade”, lê-se no site da organização Vision of Humanity, responsável pelas conclusões.
“O terrorismo não surge por si só; ao identificar os factores associados a ele, podem ser implementadas políticas a longo prazo para melhorar o ambiente subjacente que alimenta o terrorismo”, diz Steve Killelea, do Instituto para a Economia e Paz, que elaborou o estudo.
A ideia é reforçada pela conclusão de que a maior parte dos grupos terroristas acabam devido ao policiamento ou politização.
“As acções mais significativas que podem ser tomadas são a redução da violência patrocinada pelo Estado, a redução de retaliações de grupo e hostilidades e a melhoria do policiamento eficaz, suportado pelas comunidades”, considera Steve Killelea.
Por sua vez, os níveis de pobreza, de analfabetismo e factores económicos não têm “qualquer associação com o terrorismo.”
A maior parte dos actos terroristas acontece no Iraque, Afeganistão, Paquistão, Nigéria e Síria.
Angola em risco
O documento identifica ainda Angola como um dos países com maior risco de ataques terroristas nos próximos anos.
A par de Angola, o instituto com sede na Austrália identificou ainda os outros países: Bangladesh, Burundi, República Centro-Africana, Costa do Marfim, Etiópia, Irão, Israel, Mali, México, Birmânia (Myanmar), Sri Lanka e Uganda.
O Índice Global de Terrorismo, foi publicado pela primeira vez em 2012 e estuda as tendências do terrorismo desde 2000.
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