14 set, 2014
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, garantiu este domingo que vai tomar as medidas necessárias para travar os responsáveis pela morte de David Haines, o refém britânico decapitado pelo Estado Islâmico (ISIS).
“Vamos perseguir os responsáveis e trazê-los à justiça custe o que custar”, frisou Cameron, referindo-se aos jihadistas como “encarnação do mal”.
Depois de uma reunião de emergência com altas patentes militares e serviços de informação – o “gabinete Cobra” - Cameron garantiu que a Grã-Bretanha não deixa de fora nenhuma opção para destruir o ISIS e vai tomar as “medidas necessárias para lidar com esta ameaça e manter o país a salvo”.
“Passo a passo, temos que desmantelar e destruir o Estado Islâmico e aquilo por que luta. Vamos fazê-lo de forma calma e deliberada mas com uma determinação de ferro”, adiantou.
O primeiro-ministro britânico não esclareceu, no entanto, se a Grã-Bretanha se vai juntar aos ataques aéreos levados a cabo pelos Estados Unidos no norte do Iraque e na Síria.
“Não são muçulmanos, são monstros”
A reacção de Cameron surge depois da decapitação de David Haines pelos jihadistas, divulgada em vídeo este sábado.
Referindo-se a Haines como um “herói britânico”, Cameron classificou a decapitação do trabalhador humanitário de “brutal” e sublinhou que os jihadistas do auto-proclamado Estado Islâmico “não são muçulmanos, são monstros”.
David Haines, escocês de 44 anos, foi raptado em Março do ano passado na Síria quando trabalhava para uma organização não-governamental francesa.
No vídeo divulgado este sábado, os radicais já ameaçaram matar um outro britânico, identificado como Allan Henning, de 47 anos.