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“Liberte o meu filho”. Mãe de jornalista raptado faz apelo a líder dos jihadistas

27 ago, 2014

O norte-americano Steven Sotloff está em poder do Estado Islâmico e já foi ameaçado de decapitação, tal como aconteceu com James Foley.

“Liberte o meu filho”. Mãe de jornalista raptado faz apelo a líder dos jihadistas
A mãe do jornalista Steven Sotloff, raptado na Síria pelos jihadistas do Estado Islâmico, gravou uma mensagem vídeo apelando à sua libertação. No apelo, dirigido ao líder do grupo, Shirley Sotloff pede-lhe para não punir o filho pelas acções do governo norte-americano.

A mãe do jornalista Steven Sotloff, raptado na Síria pelos jihadistas do Estado Islâmico, gravou uma mensagem vídeo apelando à sua libertação. No apelo, dirigido ao líder do grupo, Shirley Sotloff pede-lhe para não punir o filho pelas acções do governo norte-americano.

"Estou a enviar esta mensagem para si, Abu Bakr al-Baghdadi al-Quraishi al-Hussaini, o califa do Estado Islâmico. Sou Shirley Sotloff. O meu filho Steven está nas suas mãos”, começou por dizer. “O senhor, enquanto califa, pode conceder a amnistia. Peço-lhe, por favor, para libertar o meu filho", referiu na mensagem transmitida esta quarta-feira na televisão Al-Arabiya.

“Como mãe, peço-lhe justiça e misericórdia para não punir o meu filho devido a assuntos sobre os quais ele não tem qualquer controlo”, apelou esta professora de Miami. 

Na gravação, onde assume que começou a estudar o Islão desde que filho desapareceu na Síria, Shirley lembra que esta religião ensina que “nenhum indivíduo deve ser responsabilizado pelos pecados de outros. Peço-lhe para usar a sua autoridade e poupar a vida do meu filho, seguindo o exemplo do Profeta Maomé, que protegeu o povo judeu”.

Steven Sotloff, de 31 anos, é um jornalista freelancer raptado em Aleppo, na Síria, em 2013. Apareceu no vídeo em que o Estado Islâmico decapitou o jornalista James Foley.

Na altura, os jihadistas ameaçaram decapitar também Sotloff deixando a decisão pendente das futuras atitudes do presidente Obama. Os extremistas do Estado Islâmico (ex-Estado Islâmico do Iraque e do Levante) disseram que o vídeo foi uma mensagem para os Estados Unidos para que parem a intervenção no Iraque.

O presidente dos Estados Unidos já garantiu que o país vai atrás dos assassinos do Estado Islâmico, mas admitiu que a operação não será fácil. "Extirpar um cancro como o Estado Islâmico não será uma missão fácil ou rápida", acrescentou.


Quem são e o que querem os jihadistas que lançam o caos no Iraque?