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Merkel admite novas sanções à Rússia

23 ago, 2014

Já o Presidente ucraniano culpa os mercenários estrangeiros pela guerra civil no país.

Merkel admite novas sanções à Rússia
A visita de Angela Merkel a Kiev, este fim-de-semana, é vista em todo o mundo como um gesto altamente simbólico, porque acontece na véspera do dia em que a Ucrânia celebra 23 anos de independência da União Soviética. Em conferência de imprensa, a chanceler alemã apelou a um cessar-fogo bilateral e deixou uma clara mensagem de apoio ao governo ucraniano, com a criação de um fundo de 500 milhões de euros. Petro Poroshenko chama-lhe o "Plano Merkel".

A chanceler alemã Angela Merkel não afasta a possibilidade de haver novas sanções contra a Rússia, no âmbito da crise na Ucrânia.

"Não podemos descartar pensar em novas sanções se não houver progresso na situação", afirmou Merkel, referindo ainda a necessidade de um "cessar-fogo bilateral e efectivo nos controlos fronteiriços" para acabar com o conflito no leste da Ucrânia.

Merkel fez estas declarações depois de uma reunião com o Presidente ucraniano, Petro Poroshenko, em Kiev.

A líder germânica lembra que será necessário ter “os dois lados envolvidos” para haver sucesso e chegar a uma paz duradoura.

“Não se pode chegar à paz só por um lado. Espero que as negociações com a Rússia levem ao sucesso”, olhando Merkel para a reunião da próxima terça-feira entre Vladimir Putin e Poroshenko.

Petro Poroshenko disse que a Ucrânia está pronta para garantir um acordo pacífico. O que nos está a parar são os mercenários estrangeiros. Retirem as pessoas com armas do nosso território e a paz na Ucrânia será rapidamente restaurada”.

Desde Abril que a Ucrânia tem sido palco de conflitos entre rebeldes  pró-russos e forças leais ao governo de Kiev, que, de acordo com a ONU,  já causaram mais de 1.300 mortos.