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Hamas acusa Israel de matar mulher e filho do seu chefe militar

20 ago, 2014

Israel realizou 35 ataques aéreos nas últimas horas contra alvos na Faixa de Gaza.

A mulher e uma filha do chefe militar do Hamas foram mortas por um raide aéreo israelita em Gaza, anunciou esta quarta-feira o movimento palestiniano.

"A mulher do grande líder foi feita mártir com o seu filho", na noite de terça-feira, escreveu o chefe adjunto do Hamas, no exílio, Moussa Abou Marzouk, no Facebook.

O dirigente da organização disse ainda que Israel procurava "um pretexto para visar um alto responsável do Hamas".

De acordo com fontes palestinianas, 45 pessoas ficaram feridas no ataque que marca o regresso das hostilidades após vários dias de cessar-fogo.

Israel e os movimentos palestinianos tinham acertado, na segunda-feira, um prolongamento das tréguas por 24 horas, mas o cessar-fogo, que só deveria terminar às 22h00 (em Portugal Continental) desta terça-feira, acabou por ser quebrado.

Israel realizou 35 ataques aéreos nas últimas horas contra alvos na Faixa de Gaza. Há registo de dezenas de feridos.

O Governo israelita argumenta que ordenou raides de retaliação depois de militantes terem disparado "rockets" contra Israel.

O braço armado do Hamas, as Brigadas Ezzedine al-Qassam, disse que Israel "abriu as portas do Inferno para si mesmo" com estas mortes e advertiu o Estado judeu que irá "pagar um preço pelos seus crimes".

Os confrontos entre Israel e o Hamas causaram a morte de pelo menos 2.020 palestinianos e de 67 israelitas desde o início da ofensiva a 8 de Julho.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, se manifestou-se, "profundamente decepcionado" com a violação do cessar-fogo que vigorava em Gaza e pediu a israelitas e palestinianos para travarem uma nova escalada do conflito.

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