A mulher e uma filha do chefe militar do Hamas foram mortas por um raide aéreo israelita em Gaza, anunciou esta quarta-feira o movimento palestiniano.
"A mulher do grande líder foi feita mártir com o seu filho", na noite de terça-feira, escreveu o chefe adjunto do Hamas, no exílio, Moussa Abou Marzouk, no Facebook.
O dirigente da organização disse ainda que Israel procurava "um pretexto para visar um alto responsável do Hamas".
De acordo com fontes palestinianas, 45 pessoas ficaram feridas no ataque que marca o regresso das hostilidades após vários dias de cessar-fogo.
Israel e os movimentos palestinianos tinham acertado, na segunda-feira, um prolongamento das tréguas por 24 horas, mas o cessar-fogo, que só deveria terminar às 22h00 (em Portugal Continental) desta terça-feira, acabou por ser quebrado.
Israel realizou 35
ataques aéreos nas últimas horas contra alvos na Faixa de Gaza. Há registo de dezenas de feridos.
O Governo israelita argumenta que ordenou raides de retaliação depois de militantes terem disparado "rockets" contra Israel.
O braço armado do Hamas, as Brigadas Ezzedine al-Qassam, disse que Israel "abriu as portas do Inferno para si mesmo" com estas mortes e advertiu o Estado judeu que irá "pagar um preço pelos seus crimes".
Os confrontos entre Israel e o Hamas causaram a morte de pelo menos 2.020 palestinianos e de 67 israelitas desde o início da ofensiva a 8 de Julho.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, se manifestou-se, "profundamente decepcionado" com a violação do cessar-fogo que vigorava em Gaza e pediu a israelitas e palestinianos para travarem uma nova escalada do conflito.
Israel e Palestina. A que se deve a escalada de violência?