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UE quer investigação a ataque contra caravana de refugiados ucranianos

19 ago, 2014

Pelo menos 15 civis, entre mulheres e crianças, morreram após um bombardeamento das forças separatistas em Lugansk.

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, pediu uma investigação à alegada morte de pelo menos 15 refugiados ucranianos num ataque das forças separatistas em Lugansk, no leste da Ucrânia.

“O presidente da Comissão Europeia instou à realização de uma investigação sobre este incidente e recordou a necessidade de proteger as vidas dos civis”, informou o executivo comunitário num comunicado, referindo que o pedido foi feito ao presidente ucraniano, Petro Poroshenko.

As autoridades ucranianas anunciaram ter recuperado os corpos de 15 civis, mortos na segunda-feira num ataque lançado por separatistas contra um grupo de refugiados que fugia de Lugansk. Segundo o porta-voz do conselho de segurança e defesa nacional da Ucrânia, Andrei Lysenko, os refugiados foram atacados à saída de Lugansk, cercada há semanas pelo exército ucraniano.

O comunicado de Bruxelas acrescenta que Durão Barroso conversou telefonicamente com Poroshenko nas últimas semanas sobre a situação na Ucrânia e teve oportunidade de manifestar a sua preocupação com o ataque à coluna de refugiados.

Barroso sublinhou também a necessidade de cessar hostilidades na fronteira russo-ucraniana e o fluxo de armas e pessoas da Rússia para a Ucrânia.

Reunião a 26 de Agosto
O Presidente russo, Vladimir Putin, desloca-se no próximo dia 26 a Minsk para uma cimeira regional, onde estarão o Presidente ucraniano, Petro Poroshenko e dirigentes da União Europeia, anunciou o Kremlin.

Estão previstos encontros bilaterais durante a cimeira, indicou a Presidência russa num comunicado, sem precisar se está previsto um encontro desse género entre Putin e Poroshenko.

A reunião deve ser dedicada à aplicação do acordo de associação assinado no final de Junho entre Kiev e Bruxelas, que provocou a cólera da Rússia. Moscovo considera que a Ucrânia não pode ter ao mesmo tempo laços comerciais privilegiados com a Rússia, como acontece actualmente, e com a UE.