O surto de ébola que afecta a África ocidental já provocou pelo menos 729 mortes e 1323 casos de infecção. Este é o último balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS), depois de registar mais 57 mortes em apenas quatro dias.
Guiné-Conacri, Libéria, Serra Leoa e Nigéria continuam a ser os países afectados na epidemia que os Médicos Sem Fronteiras dizem estar “fora de controlo.”
A Organização Mundial de Saúde diz também ter identificado 59 pessoas que estiveram em contacto com
cidadão que morreu em Lagos, na Nigéria, depois de ter viajado para o país a partir da Libéria.
Medidas nos aeroportosA autoridade de aviação civil da Nigéria anunciou esta quinta-feira que vai suspender a ligação pan-africana da Asky, por ter sido esta companhia aérea que trouxe o primeiro caso de infecção para o país.
“Suspendemos a Asky até que nos consiga mostrar quais foram as medidas adoptadas para garantir que os seus passageiros não estão infectados com ébola”, disse o porta-voz da autoridade de aviação civil, Sam Adurogboye.
Os aeroportos da Nigéria vão também começar a medir a temperatura dos passageiros provenientes da Guiné-Conacri, Libéria ou Serra Leoa, para detectar sinais da febre hemorrágica que afecta estes países.
Se algum dos passageiros apresentar sinais de febre, “seguir-se-á um teste sanguíneo obrigatório”.
A Organização Mundial da Saúde não recomenda restrições de viagens ou fechar de fronteiras devido a um surto de ébola. Mesmo que um passageiro esteja infectado o risco de contágio é baixo, disse a associação internacional de companhias aéreas, esta quinta-feira.
À companhia aérea Arik Air foi pedido que mantasse a supressão auto-imposta de todos os voos para a Libéria e Serra Leoa.
O presidente da Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, declarou
estado de emergência de saúde pública no país devido ao surto de ébola.