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Obama anuncia sanções contra "todos que ameaçam a democracia da Ucrânia"

17 mar, 2014

Ordem assinada pelo Presidente dos EUA congelou activos de 11 indivíduos ucranianos e russos, impedindo a sua entrada no país. Crimeia mostra-se indiferente.

Obama anuncia sanções contra "todos que ameaçam a democracia da Ucrânia"

Os Estados Unidos anunciaram esta segunda-feira sanções contra todos aqueles que, de acordo com Washington, ameaçam a democracia e a integridade da Ucrânia.

Foram identificados 11 altos responsáveis ucranianos e russos. Deste grupo fazem parte dois conselheiros do Presidente russo Vladimir Putin e ainda o Presidente ucraniano Viktor Yanukovitch.

A ordem assinada pelo Presidente Barack Obama congelou activos destes indivíduos nos Estados Unidos e impede a sua entrada no país.

A União Europeia adoptou, hoje, sanções contra 21 pessoas consideradas como responsáveis pela integração da república autónoma ucraniana da Crimeia na Rússia, anunciou o chefe da diplomacia lituana.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 28 Estados-membros da UE "acabam de decidir sanções, restrições de viagem e congelamento de bens contra 21 responsáveis ucranianos e russos", escreveu Linas Linkevicius, na sua conta no Twitter.

Fontes diplomáticas precisaram que as sanções visam 13 responsáveis russos e oito ucranianos pró-russos.

Parlamento da Crimeia indiferente ao Ocidente
Indiferente a estas medidas, o Parlamento da Crimeia está já a tratar da transferência da região para mãos russas, como relata o enviado especial da Renascença à Crimeia, Daniel Rosário.

O Parlamento da Crimeia está, esta segunda-feira de manhã, a funcionar a todo o vapor, com a adoptação de uma série de decisões, a começar pela declaração da independência da Ucrânia.

A Crimeia fica assim em condições para aderir à federação russa, tendo já solicitado a adesão formal. As duas partes vão, ainda hoje, iniciar negociações – uma delegação da Crimeia desloca-se esta segunda a Moscovo.

Outra decisão tomada, esta manhã, foi a mudança de fuso horário: a partir de 30 Março, a Crimeia adopta o fuso horário de Moscovo, que é mais uma hora do praticado na Ucrânia.

Por resolver continua a situação dos militares ucranianos que ainda se encontram na Crimeia. Esta segunda-feira, o presidente do Parlamento da Crimeia anunciou que as unidades militares na região vão ser desmanteladas, mas que o seu pessoal pode permanecer na península.

A União Europeia e os Estados Unidos consideram que o referendo de domingo foi ilegal.