Britânico detido por suspeita de participação no ataque em Nairobi

25 set, 2013

Grupo terrorista que levou a cabo o ataque garante que o Governo queniano usou armas químicas para pôr fim ao cerco do Centro Comercial Westgate.

Um cidadão britânico, de origem somali, foi detido, hoje, no aeroporto de Nairobi, no Quénia, por suspeita de ligação ao atentado ocorrido ne sábado, num centro comercial da cidade, que fez 67 mortos e centenas de feridos.

Segundo o diário britânico “Daily Mail”, o homem, que pretendia apanhar um voo para a Turquia, atraiu as atenções das autoridades por apresentar um passaporte onde não constava o regiso de entrada no país, vários ferimentos recentes na cara, usar óculos escuros e comportar-se de forma suspeita.

Embora não haja ainda confirmação oficial, várias fontes indicam que há cidadãos de países ocidentais entre os terroristas que tomaram de assalto o centro comercial Westgate. Um membro do Governo avançou que há, pelo menos, dois americanos envolvidos, um de ascendência somali, outro de ascendência árabe. Têm surgido também indicações contraditórias sobre o envolvimento de uma cidadã britânica, viúva de um dos bombistas de 7 de Julho de 2007, em Londres.

As autoridades dizem que foram mortos cinco terroristas e capturados outros 11. A confirmar-se, a captura representará um golpe para o grupo, esperando-se, agora, não só a realização de um julgamento, como a extracção de informação valiosa sobre como o ataque foi planeado e quem o coordenou.

Depois de quatro dias a glorificar os terroristas e a datacar o Governo do Quénia, a conta de Twitter de Al-Shabaab, o grupo que perpretou o ataque, confirmou o fim da batalha por Westgate, acusando o Governo de Nairobi de ter usado agentes químicos para subjugar os assaltantes, matando também reféns.

“Confirmamos que o Governo queniano usou agentes químicos para pôr fim ao cerco de Westgate, matando os reféns no processo”, lê-se numa das mais recentes mensagens dessa conta. Outra mensagem garante que foi o Governo que provocou a demolição do edifício para esconder as provas da utilização de armas químicas, soterrando muitas das vítimas. Três dos pisos do centro comercial ruíram, mas isso pode também ter sido originado pelas várias explosões que se fizeram sentir durante os quatro dias do cerco, bem como pelo fogo que consumiu o piso superior do edifício.

O Al-Shabaab opera na Somália, mas conta com um número significativo de agentes estrangeiros nas suas fileiras. O grupo chegou a dominar grande parte do país, mas uma ofensiva por parte de vários países africanos, incluindo o Quénia, tem afastado os terroristas das principais cidades.

Os somalis justificaram o atentado em Nairobi com a presença de soldados quenianos em solo somali exigindo a sua retirada.quenianos em solo somali exigindo a sua retirada.