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Quénia

Três dos terroristas em Nairobi podem ter “ligações” aos Estados Unidos

23 set, 2013

Não é ainda claro se terão apenas vivido no país ou se serão mesmo cidadãos norte-americanos.

Três dos terroristas em Nairobi podem ter “ligações” aos Estados Unidos
Pelo menos três dos militantes que atacaram um centro comercial em Naiorobi, no Quénia, terão ligações aos Estados Unidos, segundo uma informação que está a ser avançada esta segunda-feira pela “CNN”.

O grupo que invadiu o centro comercial e já fez, pelo menos, 69 mortos e cerca de 175 feridos está a ser identificado como pertencente ao Al-Shabaab, uma organização islamita da Somália. Mas começam a aumentar as suspeitas de que vários dos militantes não serão somalis, mas sim cidadãos de outros países que se tenham juntado ao grupo somali.

Uma das pessoas que se encontrava no centro aquando do ataque mas que conseguiu escapar disse que pelo menos três dos terroristas pareciam ser árabes “pela cor da pele”. Há também relatos da presença de uma mulher branca entre os atacantes. Suspeita-se que poderá tratar-se de Samantha Lewthwaite, uma inglesa, viúva de um dos bombistas que atacou Londres em Julho de 2007. Acreditava-se que Lewthwaite estava fugida no Quénia há vários anos.

Contudo, um porta-voz do Governo garante que todos os militantes são do sexo masculino.

A notícia da eventual presença de cidadãos americanos não é muito surpreendente, uma vez que no passado já foi confirmada a presença de norte-americanos a trabalhar com o Al-Shabaab.

O mais conhecido era Omar Shafik Hammami, conhecido pelo nome de guerra Abu Mansour, um americano do Alabama, de ascendência Síria. Hammami morreu durante lutas internas este mês de Setembro, 2013.

Outro americano de ascendência somali fez-se explodir em Mogadishu num atentado suicida. Ao todo o grupo afirma que já recrutou pelo menos 40 americanos.

A confirmar-se a notícia de que três dos terroristas têm ligações aos Estados Unidos, não é claro se terão apenas vivido no país ou se serão mesmo cidadãos americanos.

Há ainda a possibilidade de o Al-Shabaab ter contado com a ajuda de islamitas quenianos. O Centro de Juventude Muçulmana é um grupo local que apoia claramente o Al-Shabaab e já declarou que o Quénia é terreno de guerra santa pelo Islão.