Trabalhadores norte-americanos de"fast food" em protesto
30 ago, 2013
"Parem os hambúrgueres, parem as batatas fritas, façam os salários aumentar", é a frase que deu mote à acção.
Milhares de trabalhadores da McDonalds, Burger King, Subway e de outras cadeias de “fast food” dos Estados Unidos fizeram greve, na quinta-feira, para exigir melhores salários.
Trabalhadores de 60 cidades pararam de virar hambúrgueres ou de fritar batatas para se juntarem numa luta a exigir o pagamento de 11,3 euros - o dobro do que a maioria ganha - e o direito a formar um sindicato.
"Eles fazem milhões que saem do nosso esforço. Eles têm condições para nos pagar melhor", disse Shaniqua Davis, uma trabalhadora de 20 anos, durante uma manifestação à porta do McDonalds na 5. Avenida, em Nova Iorque. Esta funcionária ganha 7,25 dólares (5,47 euros) à hora.
Já os trabalhadores da cadeia "Kendall Fells", do grupo "Fast Food Forward", não têm seguro de saúde nem nenhuma garantia de horas.
O protesto começou em Nova Iorque em Novembro do ano passado com uma greve de 200 trabalhadores, mas depressa se alastrou a todo o país com greves durante o mês de Julho em Chicago, Detroit, Flint, Cidade de Kansas, Milwaukee e St. Louis.
Na quinta-feira, os organizadores do protesto disseram que a manifestação atingiu mil restaurantes das maiores cadeias de “fast food”, incluindo Burger King, Wendy's, Taco Bell, Pizza Hut e KFC.
"Parem os hambúrgueres, parem as batatas fritas, façam os salários aumentar", é a frase que dá mote ao protesto.
A maior parte dos três milhões de trabalhadores nestas cadeias não estão a tempo inteiro e não podem contar com as gorjetas para complementar o ordenado, como acontece noutros sítios.