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Autarca de Ílhavo lembra que estudos chumbaram novas portagens

18 jan, 2013 • Henrique Cunha

Imprensa desta sexta-feira divulgou um documento do Governo, já entregue à “troika”, onde se considera a criação de 15 novas portagens nas auto-estradas. Autarcas reagem com indignação e já se ouve apelos a protestos.

O presidente da Câmara de Ílhavo estranha o regresso ao tema de criação de novas portagens, dado que foram realizados estudos de base a sugerir que não se avançasse com a ideia.

“Já solicitei ao Governo, ao senhor secretário de Estado Sérgio Monteiro, informação objectiva sobre esta situação. Porque, de facto, é verdade que no passado existiram estudos de base, mas é verdade também que, no seguimento desses estudos de base, houve decisões que levaram à não activação desse conjunto de pórticos, nomeadamente os 15 que são referenciados a este nível”, refere Ribau Esteves à Renascença.

O autarca revela ainda um dos locais em que se optou por não avançar com a ideia: “Um pórtico na A25, entre Aveiro e o município de Ílhavo, nas praias da Barra e da Costa Nova”.

“Foi instalado – quer a estrutura quer os equipamentos – e verificou-se que o estudo de base estava incorrecto e que todo aquele tráfego era urbano. Não fazia qualquer sentido e fugia-se a todas as regras do bom senso”, explica.

Em comunicado emitido esta sexta-feira, após a divulgação de um documento oficial dando conta da intenção de criar mais 15 pórticos de portagem nas auto-estradas, o Ministério da Economia afirma que ainda não foi tomada qualquer decisão e esclarece que a introdução de pórticos adicionais não é “uma matéria nova”.

Entretanto, dez autarcas do Alto Minho decidiram agendar para esta tarde uma reunião de urgência, na qual participa o socialista José Maria Costa, presidente da Câmara de Viana do Castelo, que deixa um apelo à insurreição.

Além da indignação de autarcas, a Renascença conferiu o ponto de vista empresarial, com o presidente da Associação Industrial do Minho, António Marques, a classificar de insensato e insensível a recolocação do tema em agenda.

No Parlamento, o PS, através do deputado Rui Paulo Figueiredo, acusou o primeiro-ministro de prometer e não cumprir.