Grupo de jovens vai viver em aldeias alentejanas para “descobrir” bons negócios

03 dez, 2012 • Rosário Silva

Alentejanos, licenciados e dinâmicos é o que têm em comum os 15 jovens que estavam no desemprego e agora foram seleccionados para abraçar este desafio. “Aldeias Ribeirinhas do Grande Lago Alqueva” é o nome do projecto .

Grupo de jovens vai viver em aldeias alentejanas para “descobrir” bons negócios
Para dinamizar a actividade económica no Alqueva, 15 jovens alentejanos, licenciados e até agora no desemprego, vão estagiar a partir desta segunda-feira em cinco aldeias da zona. O objectivo é identificar boas oportunidades de negócio ou pequenas iniciativas que possam promover o desenvolvimento regional.

Em grupos de três, os jovens, com idade até 30 anos, vão viver nove meses em diferentes comunidades para conhecer as suas dinâmicas e potencialidades.

Alentejanos, licenciados e dinâmicos é o que têm em comum os 15 jovens desempregados, mas que agora foram seleccionados para abraçar este desafio.

Vêm de diferentes áreas de formação como revela João Basto, o presidente do conselho de administração da Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas de Alqueva (EDIA). “Desde agricultura, gestão de empresas, turismo, dinamização social, entre outras áreas, sendo que foi também muito importante durante todo o processo de selecção conseguir identificar candidatos com uma postura e com dinamismo adequado à tarefa que tinham pela frente. É um grande desafio, viverem numa comunidade que não conhecem e terem que criar uma iniciativa que, de alguma forma, gera valor para a própria comunidade onde estão inseridos.”

“Aldeias Ribeirinhas do Grande Lago Alqueva” é a denominação do projecto que leva os jovens para as aldeias de Capelins, no concelho de Alandroal, Alqueva, em Portel, Aldeia da Luz, no concelho de Mourão, Campinho em Reguengos de Monsaraz e Póvoa de S. Miguel/Estrela, no concelho de Moura.

O projecto, para além de querer aproveitar as potencialidades e dinamizar a economia das localidades que confinam com a albufeira, visa também contribuir para minimizar o processo de envelhecimento e desertificação.

O trabalho desenvolvido pelos 15 jovens licenciados, que vão receber uma bolsa do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), será acompanhado diariamente por um orientador de estágio e apoiado por duas comissões, uma técnica e outra de acompanhamento.