15 nov, 2012
O presidente da Associação Nacional de Sargentos, Lima Coelho, rejeita a ideia de os militares serem enviados para os portos para colmatar os efeitos da greve dos estivadores.
“O estivador, que trepava a prancha com o saco às costas, já não existe há muitas décadas. Hoje em dia, estes homens são altamente qualificados e operam máquinas muito sofisticadas e não é de um dia para o outro que se prepara alguém para as operar”, afirma Lima Coelho.
O dirigente considera que esta ideia, lançada pela Associação de Agentes de Navegação de Portugal, ou é uma provocação ou é falta de conhecimento da Constituição.
“Quem vem com uma afirmação dessas ou é uma mera provocação, o que é grave, ou é um desconhecimento enorme daquilo que é a sua própria Constituição. Por isso, aconselho os senhores a ponderarem bem. Quando se fala no uso dos militares é bom que, antes de abrirem a boca, se informem”, recomenda o presidente da Associação Nacional de Sargentos.
A Associação de Agentes de Navegação de Portugal criticou, esta quinta-feira, a greve dos estivadores e sugeriu mesmo a requisição de militares para operar nos portos que estão em greve. O director executivo da AGEPOR, Delmar da Costa, disse que a utilização de militares nos portos seria apenas numa situação de emergência nacional.