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Vale e Azevedo vai ser julgado à revelia

25 set, 2012

Tribunal indefere pedido do antigo presidente do Benfica de adiamento de julgamento.

Vale e Azevedo vai ser julgado à revelia
O tribunal indeferiu hoje o pedido de João Vale e Azevedo de adiamento do início do julgamento em que o antigo presidente do Benfica é acusado de apropriação indevida de mais de quatro milhões de euros do clube.

O colectivo de juízes da 3ª Vara do Tribunal Criminal de Lisboa, presidido por José Manuel Barata, considerou que não é “absolutamente indispensável para a descoberta da verdade material a presença” de Vale e Azevedo “desde o início do julgamento”.

A aguardar a decisão do processo de extradição para Portugal em Londres, com passaporte confiscado e a proibição de se ausentar do Reino Unido, Vale e Azevedo requereu ao tribunal o adiamento do início do julgamento por um período previsto “de dois meses”.

O Ministério Público e o assistente da Benfica SAD, o advogado José Marchueta, não se opuseram, mas o colectivo de juízes entendeu indeferir o pedido de Vale e Azevedo.

Também a defesa de Vale e Azevedo não se opôs, com a advogada de escala Isalete Alfaite convocada para o ato de hoje, o primeiro do julgamento, em substituição da advogada de Vale e Azevedo, Luísa Cruz, ausente devido a doença.

O julgamento prossegue a 16 de Outubro, com a audição das duas primeiras testemunhas do processo, em que João Vale e Azevedo será julgado pelos crimes de peculato de mais de quatro milhões de euros do clube, de branqueamento de capitais, de falsificação de documentos e abuso de confiança.

Este julgamento esteve marcado para 12 de Outubro de 2010, mas o juiz do processo optou por não o realizar à revelia de Vale e Azevedo, por não ter sido possível a sua notificação em Londres.