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Polícias descontentes ponderam acções de protesto em massa

17 set, 2012

Notícia veiculada esta segunda-feira dá conta de “quebra adicional” nos salários líquidos de polícias, diplomatas e médicos.

Polícias descontentes ponderam acções de protesto em massa
Os polícias vão ter que responder em massa contra aquilo que apelidam de ataque aos seus vencimentos e direitos. É a reacção do presidente da Associação Sindical de Profissionais da Polícia (ASPP) à notícia de que os polícias, tal como os diplomatas e os médicos, arriscam uma quebra extraordinária no salário líquido.

“Começa a ser tradicional os governos elegerem a polícia para medidas de austeridade. Tem havido um ataque claro aos vencimentos e aos direitos dos polícias e é evidente que vão ter de reagir, e em massa”, defende o presidente da ASPP, Paulo Rodrigues, em declarações à Renascença.

“Não podemos continuar a aceitar que o Governo, para algumas matérias, sobretudo nas que são de corte, diga que os polícias são funcionários públicos; naquilo que é os direitos a atribuir à função pública, os polícias já não são visados”, argumenta.

Por isso, “a direcção nacional da ASPP vai reunir-se a 26 de Setembro e depois de analisadas todas estas medidas, provavelmente vamos agendar acções de protesto”.

Segundo a notícia avançada esta segunda-feira pelo “Jornal de Negócios”, os polícias, tal como os diplomatas e os médicos, arriscam uma quebra extraordinária no salário líquido.

Além disso, adianta, os funcionários públicos que recebem horas extra, suplementos por cargos de direcção ou despesas de representação e que estejam integrados na Caixa Geral de Aposentações arriscam uma quebra no salário líquido superior à que decorre da mera subida da taxa contributiva de 11% para 18%.

Em causa estará o alargamento da base de incidência, previsto nas Grandes Opções do Plano para 2013, que o Conselho Económico e Social começa hoje a analisar.